Inventores da cultura do guaraná, os Sateré-Mawé domesticaram a trepadeira silvestre e criaram o processo de beneficiamento da planta, possibilitando que hoje o guaraná seja conhecido e consumido no mundo inteiro.

Os Sateré-Mawé habitam a região do médio rio Amazonas, em duas terras indígenas, uma denominada TI Andirá-Marau, localizada na fronteira dos estados do Amazonas e do Pará, que vem a ser o território original deste povo, e um pequeno grupo na TI Coatá-Laranjal da etnia Munduruku.

Maués ou Mawés é uma etnia indígena da Amazónia, também conhecida por saterémaué, sateré-mawé, maooz, mabué, mangués, manguês, jaquezes, maguases, mahués, magnués, mauris, maraguá, mahué e magueses. Falam a língua sateré-maué, integrante única da família linguística de mesmo nome, pertencente ao tronco tupi.

A subsistência das famílias Sateré Mawé baseia-se na agricultura, com destaque para o plantio de guaraná e de mandioca. A comunidade indígena também comercializa seus artesanatos e outros artefatos de grande riqueza cultural. Eles são designados por tessumi. Esse artesanato é confeccionado pelos homens com talos e folhas de caranã, arumã e outras matérias-primas extraídas da Floresta Amazônica. Os artesãos fazem peneiras, cestos, tipitis, abanos, bolsas, chapéus…