Presidente Lula se encontra com indígenas Guarani Kaiowá e Guató, em Corumbá (MS)

Nesta quarta-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro em exercício dos Povos Indígenas, Eloy Terena, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniram com indígenas Guarani Kaiowá e Guató, em Corumbá (MS).

O encontro aconteceu durante visita da comitiva do governo federal ao município para acompanhamento das ações de combate ao fogo no Pantanal. Além de sobrevoo sobre as áreas atingidas, aconteceu uma visita às instalações da base local do Ibama/Prevfogo, em encontro com brigadistas, e a sanção do Projeto de Lei n° 1818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.

Junto aos indígenas Guarani Kaiowá e Guató, o presidente Lula ouviu atentamente as demandas das lideranças e reforçou o compromisso do governo federal em seguir empenhando esforços para avançar na garantia do acesso ao território para as comunidades indígenas do estado e de todo o Brasil.

Gabinete de crise Guarani Kaiowá

Durante o encontro, o ministro em exercício, Eloy Terena, falou sobre o gabinete de crise Guarani Kaiowá, criado em 2023 pelo MPI, para atuar em questões essenciais, como a mediação da atuação da força policial estadual, com foco na garantia da segurança dos indígenas; acesso à água, em que o MPI já articulou diversos projetos com mais de R$ 120 milhões em investimentos para promover o acesso à água para a população indígena; além da questão territorial.

Neste último ponto, Terena ressaltou que apesar de toda a dificuldade normativa relacionada ao marco temporal, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), órgão vinculado ao MPI, constituiu 37 Grupos de Trabalho para identificação e delimitação de Terras Indígenas, que vêm conduzindo 145 estudos de demarcação pelo Brasil.

Os processos de identificação e delimitação estavam parados há mais de 10 anos, e o trabalho foi retomado como prioridade máxima do ministério. Apesar disso, existem ações judiciais que impedem o avanço dos processos, como é o caso de Mato Grosso do Sul.

Acompanhamento de conflitos fundiários

Neste mês, o governo federal criou uma sala de situação para o monitoramento de conflitos fundiários, com foco na ação articulada entre diversos ministérios e órgãos públicos. A iniciativa foi definida após a escalada de conflitos nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.

O governo federal enviou equipes para os estados, compostas por servidores do MPI, da Funai e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que fizeram o acompanhamento da situação e atuaram para garantir a presença e o reforço da Força Nacional nos territórios, assegurando a proteção dos indígenas.

As ações de mediação seguem acontecendo junto às lideranças indígenas e às forças de segurança e, a partir do diagnóstico feito pelas equipes, serão implementadas ações coordenadas pelo Ministério dos Povos Indígenas em uma articulação interinstitucional com demais ministérios e órgãos do governo.

O objetivo é enfrentar de forma consistente essa situação, dando continuidade às ações que reforcem a assistência e a segurança aos povos indígenas por meio do monitoramento dos conflitos fundiários com a cooperação de órgãos públicos.

 

Fonte: www.gov.br/povosindigenas

Marco temporal: STF começa a negociar conciliação sobre demarcação de terras indígenas

Comissão especial vai reunir indígenas, governo federal, estados, municípios e Congresso. STF definiu que marco temporal é inconstitucional, mas Legislativo aprovou lei dizendo o oposto.

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta segunda-feira (5) a negociar uma conciliação sobre a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas.

Uma comissão especial vai fazer a primeira reunião na busca por um acordo. O colegiado foi criado por determinação do ministro Gilmar Mendes, relator de ações contra a lei de 2023 que instituiu o marco temporal.

Fonte: g1.globo.com

Os povos originários do Brasil

No Brasil, entende-se que os povos originários são os povos indígenas, uma vez que estes são os primeiros habitantes do Brasil e estavam aqui antes da chegada dos portugueses, em 1500. Quando os portugueses chegaram ao Brasil existiam, pelo menos, cinco milhões de indígenas, e a presença dos povos originários brasileiros remonta há 12 mil anos, embora alguns estudos sugiram que essa presença pode ser de mais de 40 mil anos.

A chegada dos seres humanos ao Brasil tem relação com a chegada dos seres humanos à América, e, uma vez presentes no continente, os humanos espalharam-se por todos os cantos. Não existe certeza sobre como isso aconteceu, mas a teoria mais aceita fala da migração de seres humanos pelo extremo norte do continente via Estreito de Bering.

A chegada dos portugueses foi desastrosa aos povos originários, que viram suas terras serem usurpadas, foram escravizados pelos portugueses e tiveram sua cultura, religião, tradições reprimidas pelos portugueses. Conquistada a independência do Brasil, os povos originários seguem tendo inúmeros de seus direitos negados pela sociedade e Estado brasileiros.

Atualmente, o Brasil é formado por quase 1,7 milhão de indígenas, que pertencem a mais de 300 etnias e que falam centenas de idiomas.

 

Fonte: mundoeducacao.uol.com.br

Na Bienal de Veneza, artistas e comunidades indígenas narram uma história de resistência

O Pavilhão Hãhãwpuá emerge como um símbolo poderoso na 60ª Exposição Internacional de Arte –…

O Pavilhão Hãhãwpuá emerge como um testemunho vivo da resiliência indígena no Brasil. Na instalação Okará Assojaba, Glicéria Tupinambá colabora com sua comunidade para criar um manto coletivo, acompanhado por cartas enviadas aos museus detentores de artefatos tupinambás e outras partes de sua cultura. Em sua videoinstalação Dobra do Tempo Infinito, ela tece diálogos entre gerações por meio de sementes, terra, redes de pesca e jererés, em que as tramas das redes de pesca e a dos trajes tradicionais se conectam.

Olinda Tupinambá, por sua vez, confronta a relação destrutiva da civilização com o planeta em Equilíbrio, enquanto Ziel Karapotó mergulha na resistência indígena em Cardume, uma instalação que ecoa a luta histórica por territórios por meio de elementos simbólicos e sonoros, entre torés (cantos tradicionais do povo Karapotó) e sons de disparos de armas de fogo.

 

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br