Museu das Culturas Indígenas celebra a força e a espiritualidade

Indígenas dos povos Krenak e Akroá Gamella vão narrar suas trajetórias de luta e simbologias

Histórias milenares de povos originários brasileiros serão compartilhadas em dois encontros gratuitos no Museu das Culturas Indígenas (MCI). No Dia Internacional dos Povos Indígenas (09/08), Eliel Krenak contará o passado e o presente do povo Krenak. No sábado (10/08), Énh xym Akroá Gamella mostrará a cosmologia do encantado João Piraí. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

O primeiro encontro marcará a resiliência e determinação do povo Krenak, na sexta-feira (09/08), às 14h. Durante o encontro História de Luta Krenak, Eliel mostrará a trajetória desse povo que, desde a invasão portuguesa, enfrenta o apagamento das suas tradições. No dia seguinte (10/08), às 11h, a espiritualidade do povo Akroá Gamella e a história de João Piraí, um espírito encantado que transcende o tempo, será contada por Énh xym Akroá Gamella no encontro João Piraí – Protetor do Território Akroá Gamella.

Fonte: jornalpp.com.br

Os povos originários do Brasil

No Brasil, entende-se que os povos originários são os povos indígenas, uma vez que estes são os primeiros habitantes do Brasil e estavam aqui antes da chegada dos portugueses, em 1500. Quando os portugueses chegaram ao Brasil existiam, pelo menos, cinco milhões de indígenas, e a presença dos povos originários brasileiros remonta há 12 mil anos, embora alguns estudos sugiram que essa presença pode ser de mais de 40 mil anos.

A chegada dos seres humanos ao Brasil tem relação com a chegada dos seres humanos à América, e, uma vez presentes no continente, os humanos espalharam-se por todos os cantos. Não existe certeza sobre como isso aconteceu, mas a teoria mais aceita fala da migração de seres humanos pelo extremo norte do continente via Estreito de Bering.

A chegada dos portugueses foi desastrosa aos povos originários, que viram suas terras serem usurpadas, foram escravizados pelos portugueses e tiveram sua cultura, religião, tradições reprimidas pelos portugueses. Conquistada a independência do Brasil, os povos originários seguem tendo inúmeros de seus direitos negados pela sociedade e Estado brasileiros.

Atualmente, o Brasil é formado por quase 1,7 milhão de indígenas, que pertencem a mais de 300 etnias e que falam centenas de idiomas.

 

Fonte: mundoeducacao.uol.com.br

Na Bienal de Veneza, artistas e comunidades indígenas narram uma história de resistência

O Pavilhão Hãhãwpuá emerge como um símbolo poderoso na 60ª Exposição Internacional de Arte –…

O Pavilhão Hãhãwpuá emerge como um testemunho vivo da resiliência indígena no Brasil. Na instalação Okará Assojaba, Glicéria Tupinambá colabora com sua comunidade para criar um manto coletivo, acompanhado por cartas enviadas aos museus detentores de artefatos tupinambás e outras partes de sua cultura. Em sua videoinstalação Dobra do Tempo Infinito, ela tece diálogos entre gerações por meio de sementes, terra, redes de pesca e jererés, em que as tramas das redes de pesca e a dos trajes tradicionais se conectam.

Olinda Tupinambá, por sua vez, confronta a relação destrutiva da civilização com o planeta em Equilíbrio, enquanto Ziel Karapotó mergulha na resistência indígena em Cardume, uma instalação que ecoa a luta histórica por territórios por meio de elementos simbólicos e sonoros, entre torés (cantos tradicionais do povo Karapotó) e sons de disparos de armas de fogo.

 

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br