Museu das Culturas Indígenas celebra a força e a espiritualidade

Indígenas dos povos Krenak e Akroá Gamella vão narrar suas trajetórias de luta e simbologias

Histórias milenares de povos originários brasileiros serão compartilhadas em dois encontros gratuitos no Museu das Culturas Indígenas (MCI). No Dia Internacional dos Povos Indígenas (09/08), Eliel Krenak contará o passado e o presente do povo Krenak. No sábado (10/08), Énh xym Akroá Gamella mostrará a cosmologia do encantado João Piraí. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

O primeiro encontro marcará a resiliência e determinação do povo Krenak, na sexta-feira (09/08), às 14h. Durante o encontro História de Luta Krenak, Eliel mostrará a trajetória desse povo que, desde a invasão portuguesa, enfrenta o apagamento das suas tradições. No dia seguinte (10/08), às 11h, a espiritualidade do povo Akroá Gamella e a história de João Piraí, um espírito encantado que transcende o tempo, será contada por Énh xym Akroá Gamella no encontro João Piraí – Protetor do Território Akroá Gamella.

Fonte: jornalpp.com.br

Presidente Lula se encontra com indígenas Guarani Kaiowá e Guató, em Corumbá (MS)

Nesta quarta-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro em exercício dos Povos Indígenas, Eloy Terena, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniram com indígenas Guarani Kaiowá e Guató, em Corumbá (MS).

O encontro aconteceu durante visita da comitiva do governo federal ao município para acompanhamento das ações de combate ao fogo no Pantanal. Além de sobrevoo sobre as áreas atingidas, aconteceu uma visita às instalações da base local do Ibama/Prevfogo, em encontro com brigadistas, e a sanção do Projeto de Lei n° 1818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.

Junto aos indígenas Guarani Kaiowá e Guató, o presidente Lula ouviu atentamente as demandas das lideranças e reforçou o compromisso do governo federal em seguir empenhando esforços para avançar na garantia do acesso ao território para as comunidades indígenas do estado e de todo o Brasil.

Gabinete de crise Guarani Kaiowá

Durante o encontro, o ministro em exercício, Eloy Terena, falou sobre o gabinete de crise Guarani Kaiowá, criado em 2023 pelo MPI, para atuar em questões essenciais, como a mediação da atuação da força policial estadual, com foco na garantia da segurança dos indígenas; acesso à água, em que o MPI já articulou diversos projetos com mais de R$ 120 milhões em investimentos para promover o acesso à água para a população indígena; além da questão territorial.

Neste último ponto, Terena ressaltou que apesar de toda a dificuldade normativa relacionada ao marco temporal, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), órgão vinculado ao MPI, constituiu 37 Grupos de Trabalho para identificação e delimitação de Terras Indígenas, que vêm conduzindo 145 estudos de demarcação pelo Brasil.

Os processos de identificação e delimitação estavam parados há mais de 10 anos, e o trabalho foi retomado como prioridade máxima do ministério. Apesar disso, existem ações judiciais que impedem o avanço dos processos, como é o caso de Mato Grosso do Sul.

Acompanhamento de conflitos fundiários

Neste mês, o governo federal criou uma sala de situação para o monitoramento de conflitos fundiários, com foco na ação articulada entre diversos ministérios e órgãos públicos. A iniciativa foi definida após a escalada de conflitos nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.

O governo federal enviou equipes para os estados, compostas por servidores do MPI, da Funai e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que fizeram o acompanhamento da situação e atuaram para garantir a presença e o reforço da Força Nacional nos territórios, assegurando a proteção dos indígenas.

As ações de mediação seguem acontecendo junto às lideranças indígenas e às forças de segurança e, a partir do diagnóstico feito pelas equipes, serão implementadas ações coordenadas pelo Ministério dos Povos Indígenas em uma articulação interinstitucional com demais ministérios e órgãos do governo.

O objetivo é enfrentar de forma consistente essa situação, dando continuidade às ações que reforcem a assistência e a segurança aos povos indígenas por meio do monitoramento dos conflitos fundiários com a cooperação de órgãos públicos.

 

Fonte: www.gov.br/povosindigenas

Os povos originários do Brasil

No Brasil, entende-se que os povos originários são os povos indígenas, uma vez que estes são os primeiros habitantes do Brasil e estavam aqui antes da chegada dos portugueses, em 1500. Quando os portugueses chegaram ao Brasil existiam, pelo menos, cinco milhões de indígenas, e a presença dos povos originários brasileiros remonta há 12 mil anos, embora alguns estudos sugiram que essa presença pode ser de mais de 40 mil anos.

A chegada dos seres humanos ao Brasil tem relação com a chegada dos seres humanos à América, e, uma vez presentes no continente, os humanos espalharam-se por todos os cantos. Não existe certeza sobre como isso aconteceu, mas a teoria mais aceita fala da migração de seres humanos pelo extremo norte do continente via Estreito de Bering.

A chegada dos portugueses foi desastrosa aos povos originários, que viram suas terras serem usurpadas, foram escravizados pelos portugueses e tiveram sua cultura, religião, tradições reprimidas pelos portugueses. Conquistada a independência do Brasil, os povos originários seguem tendo inúmeros de seus direitos negados pela sociedade e Estado brasileiros.

Atualmente, o Brasil é formado por quase 1,7 milhão de indígenas, que pertencem a mais de 300 etnias e que falam centenas de idiomas.

 

Fonte: mundoeducacao.uol.com.br